Qual o melhor momento para pensar em captação de alunos?
Em meio a tantas incertezas e ao aumento de demandas nas escolas diante da pandemia do Covid-19, muitos gestores escolares estão totalmente absorvidos pelas questões do dia a dia de elaboração de atividades pedagógicas, o uso de tecnologias de informação para mediar o ensino, capacitação de professores para este novo cenário, impasses com as famílias em relação à aspectos financeiros, e etc, que combinados pressionam a gestão e muitas vezes impedem que seja olhado além das dificuldades atuais.
E os desafios são grandes agora e também na volta às aulas. Em estudo realizado pelo Todos Pela Educação, foram levantados alguns desafios da volta às aulas:
- Impacto emocional nos alunos e profissionais da Educação
- Abandono e evasão escolar
- Retorno gradual com precauções com a saúde
- Cumprimento da carga horária exigida por Lei
- Avaliação diagnóstica e recuperação da aprendizagem
- Comunicação frequente com os pais e responsáveis
- Articulação entre instituições locais que impactam a política educacional
- Contextualização das ações no nível da escola
- Atendimento intersetorial como esforço perene
- Institucionalização de políticas de recuperação da aprendizagem
Este mesmo estudo, destaca quatro possíveis legados, que, se bem aproveitados, podem representar avanços substantivos nos médio e longo prazos. São eles:
- articulação intersetorial como esforço perene;
- institucionalização de políticas de recuperação da aprendizagem;
- fortalecimento da relação família-escola;
- introdução da tecnologia como aliada contínua.
Entendemos que apesar do futuro ser incerto, é fundamental que as Escolas pensem e planejem o futuro. Para isso, é importante não perder de vista a captação, que juntamente com o trabalho de retenção de alunos, indicarão a saúde da gestão escolar.
É certo que as famílias estão inseguras, estressadas e com receio de investir, mas ao mesmo tempo elas querem e tem a vontade de encontrar a “luz no fim do túnel”, e enxergar uma oportunidade.
Entender a psicologia do consumidor neste momento de pandemia, trará subsídios para que seja estabelecida uma comunicação inteligente, rápida e criativa com os pais e famílias.
“Não se trata de captar matrículas friamente, mas sim de preparar o terreno e lançar as sementes para colher na época adequada, e não esperar a época da colheita para plantar”, ressalta a Sócia-Diretora da EloEduca, Roberta Simões.
Nessa preparação do terreno, é importante não se distanciar dos atuais e futuros alunos e famílias, neste momento difícil. Quem cultivar o marketing da empatia será lembrado e considerado no futuro.
Para Roberta Simões, “divulgar as formas de apoio às famílias nos âmbitos de uso de tecnologias de informação, recursos pedagógicos e ações e políticas de acolhimento emocional aos pais e aos alunos, é uma estratégia interessante nesta fase de preparação do terreno para quem já está adotando alguma dessas práticas e também grande oportunidade para as escolas que não iniciaram.
Separamos 6 dicas de como as escolas podem começar a se preparar para captação de alunos:
- Engajamento de professores e colaboradores. Eles são peças chave para disseminar os pontos positivos e valores da escola;
- Comunicar-se frequentemente com as famílias, mais do que o habitual. Elas ser informadas de tudo que possa impactar no seu estado psicológico, emocional e financeiro;
- Estimular depoimentos de alunos atuais. Os alunos que estão vivenciando todo esse momento terão um argumento único sobre a experiência proporcionada pela escola;
- Trabalhar o branding nas redes sociais. Reforçando ou criando um posicionamento alinhado às necessidades atuais das famílias;
- Praticar a escuta ativa. Observar as redes sociais próprias e dos concorrentes para identificar oportunidade e necessidade de atuação;
- Atenção máxima ao site e redes sociais e aos canais de comunicação existentes na escola. Nenhum contato deve ser negligenciado. Se as famílias querem falar com a escola, ela deve estar preparada para responder.